sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Burocracias

São 19h e já não me lembro o que serviram no almoço. Ou será que foi ontem que almocei? Não sei. Hoje cedo, bem cedinho, o primeiro pensamento que me veio foi o de não me esquecer de ligar para a loja de livros e perguntar das demoras todas e se ali não sabiam que quando queremos ler Guimarães é sempre urgente. E também se não dá pra trocar aquele do Galera por um clássico, porque ando com preguiça de novidades. Pensei também se seria verdade ou se teria sonhado com a compra de umas fantasias. Engraçado falar compra de fantasias. Podia mesmo ser possível comprar algumas e guardar a nota fiscal para o caso de não se realizarem. Mas as fantasias existem para serem fantasias e só, e não para se realizarem. Que bobagem. 

Umas duas ou três vezes ao longo da tarde, emprestei meus ouvidos e presenciei uma dor. Era das grandes. Pensei rapidinho que se começasse tudo de novo e escolhesse tudo de novo, que tal seria ser dona de sorveteria e ver de pertinho alguma satisfação, só pra me certificar de que existe. Mas antes que pensasse em outra opção, quem sabe o cultivo de orquídeas, veio outra dor atropelando e concluí que gosto mesmo dessa coisa de tentar tornar digno o sofrimento humano e, por isso,com sorte, às vezes poder até vê-lo diminuir...

Ia me emocionar, quase foi, mas já estava atrasada. Bebi água hoje? Jurei que seriam 2 litros todos os dias, mas é difícil e esses filtros não são confiáveis. E no caminho pra casa senti falta de escrever. O sinal demorou tanto a abrir que puxei uma caneta e esbocei um trecho: "ele escancara as minhas incoerências todas..." e então buzinaram atrás, a fila andou e a idéia se foi.

2 comentários:

Anônimo disse...

que bonito texto!

Fernanda disse...

Opa! obrigada! você é...?