terça-feira, 21 de agosto de 2012

José,

São onze e trinta da manhã e a correria de sempre dessa vez me permitiu ter vinte minutos de almoço no lugar dos dez de ontem. Quanto sabor se perde com a pressa. Não seria pedir muito poder ver o mar logo cedo e ter uma ou duas surpresas até o meio do dia. Talvez você saiba o que é. Sabe? Também te acontece de ver a vida passar?

Ontem falava de você, porque você me disse umas verdades e eu não sei o que acontece quando vêm de você, mas eu tendo a ouvir. E eu ouvi. E eu acredito, acredito em tudo o que diz. E aí você des-diz e eu acredito que ser incoerente seja a nossa sina. Aceito. O que posso fazer?

Entre outras coisas, você me dizia que o azul do céu é reflexo do azul do mar, que acharam água em Plutão e que a Terra está superaquecida. E que fui eu que fiz isso tudo. Dizia que a classe C no Brasil é emergente e que a nova D é a antiga C e que a tendência é se chegar ao fim do afalbeto. Por minha causa. E ainda, que se juntassem as CPIs todas que já inventaram e fossem presos todos, todos, todos, se houvesse justiça no mundo, eu de novo.

Ô, José.
Ô, José...