sábado, 21 de maio de 2011

Why

Ele agora vem calmo, como se viesse sempre. Me inventa um novo apelido, acrescenta letras ao meu nome, faz um jogo fonético aqui, um jogo fenomenológico ali, e eu me pergunto why. Quem sou eu nesse novo nome? Quando me chama, quase não me reconheço ali mas atendo. Por que atendo?

Digo a ele que bote as letras, invente o apelido, desfigure meu nome todo. Embaralhe o som, sussurre as sílabas, coma as consoantes. Tanto faz. O nome dele não muda nunca.

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