domingo, 9 de janeiro de 2011

Dia branco

Judith,

Fez hoje um dia lindo. Falei isso mais de uma vez, porque o céu era tão azul, tão azul, que parecia pintado. Parecia promissor. Parecia um início. Ou sei lá o que. Pensei no tempo em que não percebia se o dia era bonito ou não era. No tempo em que isso não tava em jogo. Pensei no tempo em que não tinha jogo. Fizesse o tempo que fizesse, com nuvem ou sem nuvem, dia azul ou dia branco (se branco ele fosse...), não fazia a menor diferença.

E me lembrei de você, que anda nostálgica. Acho que me lembrei de mim também. Hoje não foi promissor, não foi início, não foi o que. Qual nada. Foi um dia desses, em que tudo podia ter acontecido. (São tantos dias assim, não são?).

Tenho feito planos a curto prazo, Judith. E tenho feito planos para quando os planos são frustrados. (São tantos planos assim, não são?).

Se amanhã for de sol, de sol seremos.

Maria.

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