terça-feira, 9 de novembro de 2010

Com fantasia

Ah, Judith...

Começo a achar que é bobagem nossa dar tanto ouvido a essa senhorinha cheia de conselhos sobre como devemos e não devemos nos portar nas nossas incursões amorosas.
José, por exemplo, já perdeu todo o tom aventureiro e eu juro que não tenho nada a ver com isso. Desconfio de que ele, tal qual João - veja que grande coincidência -, tenha milhões, trilhões, zilhões de medos. Assim como você (e eu). E se ele me acompanha com aqueles olhos vivos é porque ele me acha bem audaciosa. Mas não sabe bem que tipo de audácia me toma. E eu, nessa nova fase, não digo. E também não é por já não ser mais dizedora, mas por saber que quando se trata do amor aquele negócio de vem, mas vem sem fantasia é papo furado.
Pra José ser José ele precisa ser aventureiro. E ter olhos vivos e me rodopiar na Vinícius de Moraes. E eu não quero saber tanto assim de todas as marcas que ganhou. José tem que me deixar imaginar um pouquinho mais. E saber um pouquinho menos. Porque o encanto está no mistério das cousas, diria o poeta (e também um senhor bem sábio que conhecemos outro dia).
Das fantasias a gente pode rir um pouco mais durante o jogo.
Depois de um chopp eu aposto que fica ainda mais fácil rir dessas coisas.
Até mais tarde,
Maria.

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