domingo, 1 de agosto de 2010

Algumas coisas não mudam

Algumas memórias da infância podem facilmente dizer quem é você. Ok, Dr.Freud, isso é óbvio. O que eu tento dizer é que algumas cenas já deixavam nítida, pra quem quisesse ver, toda a futura trajetória daquele ser. E que bastava alguém atento para apontar essas coisas já lá, no início, e muita coisa também poderia ter sido evitada.

Mas para não dizer do trágico, vamos ao cômico. Três cenas que são clássicas na história dessa senhorinha que vos fala:

Cena 1. : Existia uma coleguinha de prédio que apanhava de todo mundo. Apanhava sobretudo da mãe, e hoje imagino que isso criava nela uma coisa que acabava fazendo com que todos os coleguinhas fizessem o mesmo. Eu, claro, protegia minha coleguinha de todos. Não deixava que ninguém maltratasse a pobrezinha. E depois, dava uns cascudos pra ver se ela reagia e aprendia a se defender.

Cena 2.: Fazia jazz na escola. Coisa bonita de ver, com polainas e colans e tudo a que tinha direito. Dançava legalzinho, a professora me colocou na frente na hora da apresentação e, claro, não fui à apresentação. O mesmo aconteceu quando escalada para cantar em francês. Pobres professoras.

Cena 3.: Brincava de escolher qual seria o humor do dia. Ao acordar, dizia que seria um dia muito feliz e de ser muito simpática com as pessoas. No meio do caminho, claro, me aborrecia e dizia que seria um dia de ser antipática mesmo. Fazer o quê?

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