Eu achava que onde quer que estivéssemos seríamos sempre os mesmos e levaríamos nossas mazelas conosco para onde fôssemos. Em parte, somos e levamos. Noutra parte, quando nos afastamos um pouco (geográfica e cabalisticamente), fingimos com mais naturalidade que as coisas ficaram para trás. E como tudo não passa de um punhado de invenções, nos deixamos levar por um tango cortante e criamos mil novas figuras (que, sendo criadas e sendo figuras, só podem ser imaginárias), nos cercamos delas e fazemos com que novas memórias sejam também criadas. E memórias voluntariamente criadas são quase sempre boas memórias.
Hoje eu mantive intacta a sensação de estar em outra estrada, desconhecida, ligeiramente perdida, deixando-me ser livre. E só quem já se sentiu livre pode saber como é.
Hoje eu mantive intacta a sensação de estar em outra estrada, desconhecida, ligeiramente perdida, deixando-me ser livre. E só quem já se sentiu livre pode saber como é.
2 comentários:
linda!
ainda te escrevo...um beijo.
Então, não sabia que irias a Buenos Aires. :)
(vou em setembro).
Novidade para a próxima carta, certo? ;)
Beijão, querida.
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