sexta-feira, 18 de junho de 2010

Portas e Janelas sempre abertas pra sorte entrar.

Eu achava que onde quer que estivéssemos seríamos sempre os mesmos e levaríamos nossas mazelas conosco para onde fôssemos. Em parte, somos e levamos. Noutra parte, quando nos afastamos um pouco (geográfica e cabalisticamente), fingimos com mais naturalidade que as coisas ficaram para trás. E como tudo não passa de um punhado de invenções, nos deixamos levar por um tango cortante e criamos mil novas figuras (que, sendo criadas e sendo figuras, só podem ser imaginárias), nos cercamos delas e fazemos com que novas memórias sejam também criadas. E memórias voluntariamente criadas são quase sempre boas memórias.

Hoje eu mantive intacta a sensação de estar em outra estrada, desconhecida, ligeiramente perdida, deixando-me ser livre. E só quem já se sentiu livre pode saber como é.

2 comentários:

Nanda disse...

linda!
ainda te escrevo...um beijo.

Daise disse...

Então, não sabia que irias a Buenos Aires. :)

(vou em setembro).

Novidade para a próxima carta, certo? ;)

Beijão, querida.