terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Verão de novo

Fazia um calor daqueles de fritar ovo em asfalto. Enquanto caminhava na areia, sentia o vapor quente subir pelas canelas, confirmando o verão. Cheiro era de mar (e, bem de longe, um milho verde no ponto, com manteiga e tudo). Parecia até um ano atrás, porque as personagens eram as mesmas. A praia era a mesma. O calor, acho que também. Mas alguma coisa ali tinha mudado. Um ano mais velhos, um ano mais conhecidos, um ano a mais de tudo. Há um ano, sim, tinha um encantamento naquilo tudo. Agora era a sensação de que a paixão também envelhece. E morre.

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