sábado, 8 de outubro de 2011

Nota sobre o inesperado n.1

Seguia pela Avenida Nossa Senhora da Penha e marcava no relógio bem o meio do dia. Havia sol. As pessoas andavam tão depressa que não notavam a surrealidade que era aquilo: bolhas de sabão tomando o ar, como se fossem pássaros, numa incrível dança. Algumas entravam no carro, fazendo motoristas atentos se desconcentrarem do trânsito por um instante, enquanto outras desciam depressa e se arrastavam na beira do chão, trombando com o calor até o estouro.


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