terça-feira, 25 de outubro de 2011

Como tatuagem

Mandei tatuar bem forte e em negrito, que é por não confiar na memória e por saber que a felicidade (mas quase disse falicidade) faz a gente pensar diferente.

Escrevi em mais de uma língua, sem erro de sintaxe nem nada, que é pra não ter dúvida.

Botei acentos os mais variados, que é pra dar altura adequada às sílabas que merecem respeito e pra você saber que ali eu gritei mais forte pra você ouvir.

Tatuei também em desenho, que é pra quem não sabe ler não poder dizer o contrário.

Escrevi em letra de fôrma e em letra de mão e em letra de digitado e em arial, times new roman, itálico e sublinhado, que é pra todos os gostos.

Mas tapei com a blusa. Ninguém leu.

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