quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Me(i)a Culpa

José,

Não adianta vir se for pra vir com essa desesperança toda. Aviso logo que de dor assim eu enchi um álbum e nem por isso fechei o peito nem maldisse a vida nem me tranquei a sete chaves pra não ver lá fora.

Se é pra dizer que não sirvo, também pode botar a palavra de volta pra dentro que não faço questão de saber. Deixa eu pensar que é trabalho demais, doença na família, que são as conexões, veja bem, que é mais desculpa e só.

Se vier, José, venha por inteiro e pronto e querente e bote fé que a coisa vai. Se vier, venha dizendo que é pra sempre, que é tudo, que é mais.

Porque se depois não for, José, meia culpa pra mim, meia culpa pra você e pronto.
Ponto final.

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