domingo, 17 de julho de 2011

Se essa rua, se essa rua..

No bilhete que ele me deixou, descreveu com todo cuidado o caminho (long long way) que escolheu pra chegar onde está agora. Disse que costumava pegar uma rua nas outras idas, uma mesma rua, porque sempre alguém dizia que era por onde devia andar. Ele não conhecia outros atalhos, mas metia na cabeça que precisava escolher, que ele precisava escolher, que era demais pra um homem ouvir uma mulher dizer por onde ir. Ele não sabia se a rua nova era perigosa, se era mais bonita, mas decidiu ir por ali. Decidindo ir por ali, passou a gostar de dizer que decidia as coisas, e decidiu que a mulher não podia ir junto.

(Ele sabe, diz o bilhete, que ele e a mulher chegaram no mesmo lugar. Ele por ali, ela por lá. Ele sabe também que era ele quem não olhava pra depois da curva e que ela gostaria às vezes de ter sido levada em vez de ter sempre que guiar).

O resto, vocês sabem...
Quando o caminho é desconhecido, às vezes a gente se perde...

Um comentário:

Nathalia disse...

Às vezes, se perder pode ser uma delícia...