terça-feira, 10 de agosto de 2010

De perto

É quase sempre na presença dela que as coisas mais metafísicas acontecem. Antes ela me surpreendia com aqueles telefonemas de meio de tarde, convidando pra caminhar à toa, pela vida. Da última vez pensávamos ir à Jardim Camburi. Mas só pensamos, nunca vamos até lá. Acho que é só pra fingir um destino, como sempre. E nos permitimos um desvio aqui, outro ali, mudando o rumo da caminhada.

O último convite foi para olhar o céu de mais perto. Quem sabe acima das nuvens? A caminhada, como sempre, longa. Cheia de pedras no caminho. Metafórica até dizer chega. Cogitamos desistir, mas não somos disso. Eu acho que não somos. Nunca fomos. Algumas pequenas descobertas, algumas grandes sensações e a exaustão total. Mas voltamos, inteiras.

É assim que deve ser.

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