domingo, 2 de maio de 2010

Nonsense.

O telefone toca no início da tarde e ela avisa que já está por perto. É o que me agrada nela, essa coisa de não planejar tanto. Praia cheia, uma conversa boa que nos faz caminhar livremente, sem olhar o caminho. Eu digo sempre que ela tem o espírito livre, mesmo sem saber se um espírito pode ser livre ou preso. Se puder, sei que o meu é preso. Tenho certeza. Andamos e chegamos ao fim da linha, mas nossa conversa nos mostra que a linha não tem fim. Ela me conta das suas descobertas filosóficas e espirituais. (Pra mim, são mais filosóficas do que espirituais, mas é por causa do espírito preso de novo).
Me encanta a certeza que ela traz de que viver não deve ser só isso e eu quero essa certeza para mim, inteirinha. Ela ouve minhas dúvidas, que eu mal sei elaborar, e me diz que se eu ainda não tenho respostas, é por não estar preparada para elas.

São as conversas nonsense mais deliciosas.

Um comentário:

Daise disse...

Até a próxima semana haverá outra conversa – missivista, já que não podemos ainda nos encontrar e sair caminhando pela praia. :)