segunda-feira, 19 de abril de 2010

Hoje...

O que geralmente é simples, para mim era difícil como um parto em hora errada. Dificilmente dava nome às minhas sensações porque não as conhecia. E não conhecer as sensações fazia com que fossem novas a todo instante e tudo passava a ser uma inquietação como a das últimas vezes de tantas coisas. Então invejava os que nem sabiam que sentiam.

Por outras razões continuo invejando tantos outros, porque somos feitos de meias virtudes, você e eu. Nunca uma virtude inteira. Nós nascemos para ser fracos e não contar a ninguém. Nascemos para sobreviver apesar de. E gostar disso e continuar vivendo. Nós viemos ao mundo para ter a certeza de que nele não ficaríamos por muito tempo, no entanto fomos ficando, ficando, ficando e morremos mais vezes do que o planejado. E amamos mais do que o planejado também.

Mas hoje, que as sensações já não se revezam tão depressa e posso descrever uma a uma, e que aprendi a chorar e a sorrir por motivos mais nobres (e não há motivos que sejam menos nobres)...

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