Ele me fazia ouvir explicações que eu não queria e saber de coisas do céu e da terra que ninguém percebe. Falava sobre como as pessoas se parecem umas com as outras na mesquinharia, mas de como são diferentes na forma de amar. Tinha ternura pelos meus antepassados, caçoava de mim e repetia que eu tinha mania de duvidar de tudo, que não podia ser assim, que na vida a gente precisa de certezas. Ele mesmo não tinha uma sequer. Quando eu inventava uma vida, lá na frente ele me alertava de que as coisas tinham sido diferentes. Que minha imaginação, ah, minha imaginação!
Ele chegou sem avisar e ficou. Foi muito cauteloso com as respostas que eu exigia, isso não posso negar. Mas eu não parava de ter perguntas. Citava exemplos, contava histórias e eu não perdia nada. Pedia que ele me dissesse quem eu era, porque achava bonito ele achar as pessoas elegantes ou criteriosas e outros adjetivos que ninguém usa.
Com ele descobri que não é mentira, que quando a gente se encanta o coração palpita diferente. E que pode acontecer de ter medo e de fugir. E que a vida é de palpitar, ter medo, fugir, a vida é isso tudo. É de mudança, de deixar para trás. A vida é de doer.
Ele chegou sem avisar e ficou. Foi muito cauteloso com as respostas que eu exigia, isso não posso negar. Mas eu não parava de ter perguntas. Citava exemplos, contava histórias e eu não perdia nada. Pedia que ele me dissesse quem eu era, porque achava bonito ele achar as pessoas elegantes ou criteriosas e outros adjetivos que ninguém usa.
Com ele descobri que não é mentira, que quando a gente se encanta o coração palpita diferente. E que pode acontecer de ter medo e de fugir. E que a vida é de palpitar, ter medo, fugir, a vida é isso tudo. É de mudança, de deixar para trás. A vida é de doer.
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